O que as transformações pelas
quais o mercado de trabalho vai passar nos próximos anos impõem à agenda dos jovens?
A chamada Quarta Revolução
Industrial - era da inteligência artificial, dos rôbos, impressão 3D, da
nanotecnologia e da internet das coisas - vai cortar milhões de postos de
trabalho, segundo relatório apresentado hoje pela entidade que organiza o Fórum
Econômico Mundial.
E para enfrentar a
competitividade crescente e as novas demandas no que diz respeito a habilidades
técnicas e comportamentais, jovens já começam a desenhar um plano de
desenvolvimento para a carreira.
É o que revela uma pesquisa da
Infosys. Com a participação dos jovens de países como Índia, África do Sul,
Brasil, China, Grã-Bretanha, França, Austrália e Alemanha, o levantamento traz
seus interesses e perspectivas para o futuro. Foram entrevistados mil jovens de
cada um dos países, com idades entre 19 e 25 anos.
A importância da tecnologia
aprece estar clara para grande parte dos participantes, sobretudo, aqueles
oriundos de economias em desenvolvimento, como Índia, África do Sul, Brasil e
China. Veja agora as sete descobertas
da pesquisa:
• Otimismo
Os jovens se mostram otimistas
em relação ao futuro de carreira. Quase dois terços do total de entrevistados
têm percepção positiva. E os brasileiros se destacam por esta característica:
34% são otimistas e 40% são muito otimistas.
Jovens de outras economias em
desenvolvimento, como África do Sul Índia também se mostram mais otimistas do
que os entrevistados da Austrália, França e Grã Bretanha.
• Sabendo
gerir o tempo
A competência essencial ao
sucesso que mais citada pelos jovens foi a gestão do tempo. As cinco
competências mais valorizadas pelos entrevistados da pesquisa foram Gestão do
tempo, Comunicação verbal, Trabalho em equipe, Pensamento crítico e Competências
técnicas da sua profissão.
• Apostando no
aprendizado contínuo de novas competências
A grande maioria reconhece que
o sucesso profissional está intimamente ligado ao aprendizado contínuo de novas
competências e habilidades ao longo da carreira. E as mulheres se destacam mais
do que os homens nesta percepção.
• Dominando
habilidades no campo da tecnologia
Quem não tem habilidades no
campo da tecnologia terá enorme dificuldade em encontrar emprego estável no
futuro. Em média, dois terços dos entrevistados de países como China, Brasil,
Austrália, Grã Bretanha e Estados Unidos concordam com a premissa acima.
A pesquisa mostra que 68% dos
jovens chineses consideram que aqueles são habilidosos em ciências da
computação terão mais sucesso na carreira.
• Desvendando
a ciência de dados (Big data)
O interesse em aprender sobre
ciência de dados é maior entre os jovens das economias em desenvolvimento.
Indianos são os mais interessados, alemães, os menos.
• Sabendo
desenvolver apps
Os jovens indianos também são
os mais interessados em aprender a desenvolver aplicativos, entre todas as
nacionalidades consultadas. Jovens sul-africanos e brasileiros também aparecem
entre os mais interessados em dominar este tipo de tecnologia no futuro.
• Dominando
programação
Aprender programação e suas
linguagens está entre as metas de quase metade dos indianos entrevistados, que
mais uma vez encabeçam a lista de grandes interessados em dominar novas
tecnologias.
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Por: Camila Pati para Revista Exame
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